Aquele em que decidimos que o Rio é nossa cidade (15/31)

Ou: uma Ode ao Rio de Janeiro

Nós já tínhamos nos encontrado algumas vezes, eu com elas apenas duas, em São Paulo e Curitiba. Antes do Rio, sempre cogitávamos ir à São Paulo, já que várias meninas moravam por lá na época, e porque podíamos rolar no chão da Cultura, e sempre tinha programas legais para fazer, e baladas que nunca conseguimos ir.

Mas aí chegou maio de 2014, e a Gente baixou aqui nesse Rio de Janeiro. Eu não pensava, sequer, em vir morar aqui nessa época, e aliás, estava num momento terrível da minha vida, mega insatisfeita com tudo. Mas bastou mergulhar no mar gelado de Ipanema, rolando na areia, e bastou caminhar do Posto 9 até o Arpoador de tardezinha, juntas, para eu perceber que a vida é muito boa. Porque o Rio faz isso mesmo com você: não vou dizer que é forte o suficiente para curar depressões, mas aquele estado de humor meio melancólico dissolve muito bem quando está na pedra do Arpoador olhando o sol se por diante daquela coisa linda toda que é a vida.

a Gente em Ipanema, fingindo que nunca tinha visto mar nessa vida
Aprendemos que, melhor que os paulistas, os cariocas andam de metrô de cabelo molhado de sal e sujam tudo de areia. Aprendemos que Cultura boa é aquela em que a gente pode rolar no chão de biquini (sim, nunca aprendemos sobre limites).

Então, passa o tempo, e em novembro a Anna Vitória vem aqui visitar para irmos ao show do Arctic Monkeys. Não configurava encontrão, mas éramos quatro, e juntas conseguimos quebrar o tabu da balada. Aliás, foi a primeira vez na minha vida que consegui ir para a farra duas noites seguidas (sou idosa), e amei, amei demais. Foi a nossa estreia na Tropicália, uma festa sensacional daqui que toca música brasileira & ~alternativa~, e fizemos verdadeiras performances ao som de Elephant Gun.

buquê de gente na piscina alheia

Mas aí, então, em dezembro, a nossa querida Passarinha alçou vôo para virar uma Advoave. E então viemos mais uma vez para cá, agora com Analu e pequeno Plâncton, e passamos mais alguns dias de farra e paixão por essa cidade. Teve churrasco e Pool Party, em homenagem à nossa Pássara. Teve festa de formatura do Direito da UFRJ, com a gente dançando até o dia amanhecer. Teve folia no aeroporto com o Djavan.

E então, nesse ano, mais uma vez, minhas pessoas vieram para cá. Disso eu já falei. E já falei que rolou balada, que rolou praia, que rolou Cultura (dessa vez, sem estarmos sujas de areia), que rolou caminhada até a Urca, rindo e cantando. Vimos o sol se pôr na Mureta, encantadas, ao som de Taylor Swift, e depois tomamos algumas cervejas. E o que já tinha ficado por alto, se concretizou: essa cidade é sim a mais linda do mundo, e sim, é para cá que nós viremos. Se não sempre, sempre que pudermos.

Urca ~ 

Gosto de saber que essas duas já já vem para cá visitar de novo, e aguardo ansiosa o dia em que elas venham logo de mala e cuia, dividir o apartamento que eu vou amar visitar a toda hora. É que alguma coisa acontece aqui no Rio. É que ele faz a nossa alma cantar mais ainda, especialmente se for Sparks Fly com um sol se pondo. É que ele foi feito para A Gente.

E se durante muito tempo eu me preocupei sobre o que eu iria contar para os meus filhos (eu passei anos atormentada pelo discurso da menina que dizia que eu não aproveitava a minha vida), eu não tinha ideia da sorte que eu teria de construir mil histórias incríveis com as minhas pessoas favoritas. Sim, sobre aqueles inúmeros dias que a gente trocou a balada para ficar em casa, conversando, ou trocando figurinhas da copa. Mas também sobre ver o sol nascer e se por, e cantar algumas diversas vezes Lua de Cristal gritando.

Todas somos um, e juntas não existe mal nenhum
  1. E como a gente tem história para contar, né? Eu tanto isso. A gente passa poucos dias do ano juntas, mas a quantidade de história é infinita. Assim como nosso amor.
    O Rio de Janeiro é nosso e já já estou indo também, mas confesso que estou ansiosa pelas noites de folia no apartamento de Chicana <3

    Te amo, amiga. <3 muitão.

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  2. Sim, temos as melhores histórias. Apenas rindo da cara das pessoas que ousaram achar que você não teria caso pra contar nessa vida, rindo com força deles.

    Existe algo inexplicável no Rio de Janeiro que me atinge com muita força, como nenhum outro lugar conseguiu antes. Acho que posso dizer isso de todas, né? O Rio me faz cantar por dentro e por fora, e sim, não vejo a hora de não ficar só pra jantar, mas sim ficar pra sempre #badumtss

    (a gente dançando Elephant Fun na Tropicália, apenas mais um momento pra me ajudar a conjurar um patrono bem forte)
    te amo muito <3

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  3. E que os encontros e as histórias só se multipliquem, pra gente do lado de cá se deliciar com esssa amizzade maravilhosa.

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  4. Amiga, que post lindo <3

    É incrível como o Rio é diferente de qualquer lugar que eu já tenha colocado os pés na vida por si só, mas é tão mais incrível com vocês. Mal posso esperar pra estar de novo no melhor lugar, com as melhores pessoas do mundo inteiro.

    amo você <3

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  5. Eu pareço uma fangirl da amizade de vocês porque não consigo ver um post e não comentar, sabe? Acho tão bom propagar essas amizades femininas, esfregar na cara de todo mundo que diz que amizade entre mulher não dá certo. Porque dá. Muito certo. É lindo, é amor, é tudo de bom. E vocês tão aí pra provar ainda mais isso.
    Aguardo ansiosamente as muitas histórias que vocês terão pra contar.
    Beijos! ♥

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  6. O Rio é a nossa cidade, é a nossa cara, e Rio+A Gente é a combinação mais mágica que pode existir nesse mundo, né? Sou apaixonada por essa cidade e sou MUITO MAIS apaixonada ainda pela Gente. Eu sou pessoa mais sortuda do mundo por ter a gente e estou com tanta saudade de estar com vocês que chega a doer. Parece que falta um pedaço, né?

    Te amo.

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25 anos. Mora no Rio de Janeiro, é carioca de alma, mas cearense de coração. É designer e está tentando se encontrar nesse mundo. Sou casada com meu melhor amigo, o Marcelo Bernardo, e mãe da Dindi the Boston.

Gosto de ler, de dormir de rede, de inspirações repentinas e de petit gateau. Mas o mundo seria muito melhor sem aliche gente que fura fila. Ah, e de vez em quando eu desenho.

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Esse blog está vestido com as roupas e as armas de Jorge, porque ninguém há de copiar esses textos e ilustrações sem dar o devido crédito.