Mania de Você


Lembro claramente daquela cena de filme bobo que você não quis ver, no qual o casal apaixonado escolhia, entre milhares de cds, aquela única música que fosse dos dois. A música tema do relacionamento. Esse tipo de coisa não se escolhe assim, deliberadamente, esse tipo de coisa simplesmente acontece. Mesmo assim, não tinha acontecido para nós. Tentamos nos lembrar, juntos, se algo tocava naqueles momentos especiais e espontâneos, mas nada. No máximo, um carro de funk ao fundo. Lembramos de cartas e declarações, e mesmo que você deixe de ser coruja e seja a minha rodovia, e mesmo que hoje sem você eu já não consiga mais do mesmo jeito, nenhuma música parecia bater. Não cem por cento, não da forma natural.

Houveram shows também, mas uma batida perfeita não é música tema de nenhum casal que se preze, e por mais que eu tente me lembrar, aquela música que fez você se arrepiar todo numa rede naquela primeira viagem simplesmente não me vêm à cabeça. As nossas composições em tardes quentes nunca foram anotadas, e os versos que compus para você geralmente não fazem o menor sentido, embora você ria e sempre diga que me ama logo em seguida. Eu também lembro do beijo demorado ao som de uma banda qualquer, e sem dúvida lembro do seu caderno cheio de letras que tanto chamou minha atenção (você era mesmo um cara estranho, hein?). Mesmo assim, nada. Nada, nada.

Tento conversar com você, te pedir opiniões, expressar o meu medo dramático e tolo de ser mais um daqueles casais que nem sequer tem um tema, uma música que fale tudo sobre os dois, presente em todos os momentos. Você só ri. E eu insisto, e sem querer a minha entonação sai um pouco sentida demais, um tanto suplicante, e você imenda num sorriso:

- Meu bem...
- Aah, não... Não, não! Não emenda naquela música idiota...
- Você me dá...


Água na boca.

Alguns tópicos aleatórios:

1. Não sei se contei aqui que estou estagiando; comecei já faz um mês no escritório de uma loja masculina daqui, e trabalho como criadora. Nunca esperei fazer qualquer coisa no segmento masculino, mas estou até gostando, vejam só. É um trabalho emocionante e cheio de altos e baixos, desafios sem fim: um dia faço uma polo com um brasão, outro dia faço uma polo com um número bordado, no seguinte um brasão e um número, e depois os dois nas costas...

2. A melhor parte de trabalhar é o dinheiro. Mas nem recebi meu primeiro salário ainda e já estou endividada com a minha mãe: comprei uma carteira, um livro e uma calça saruel. Aliás, nem comprei a calça ainda, mas já estou pensando no surto que ela vai ter quando ver o meu cartão de crédito.

3. Aqui em Fortaleza está tendo o Dragão Fashion! Estou indo diariamente, e sei que não é costume meu fazer isso, mas acho que vou postar sobre o assunto para as leitoras que gostam de moda ;)

4. Final de semana = maratona de Flapjack no Cartoon Network. ALGUÉM já assistiu esse desenho? É hilário. Rio só de pensar.

5. Falando em desenho... Alguém viu aquele desenho-seriado-reality-show-adolescente-na-selva, que também passa no Cartoon Network? Na hora que eu vi o apresentador eu soube imediatamente que já tinha visto ele em algum lugar. Ele é igual ao pai do Dan!

A mesma pessoa


6. Hm? Acho que acabou o assunto.

25 anos. Mora no Rio de Janeiro, é carioca de alma, mas cearense de coração. É designer e está tentando se encontrar nesse mundo. Sou casada com meu melhor amigo, o Marcelo Bernardo, e mãe da Dindi the Boston.

Gosto de ler, de dormir de rede, de inspirações repentinas e de petit gateau. Mas o mundo seria muito melhor sem aliche gente que fura fila. Ah, e de vez em quando eu desenho.

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Esse blog está vestido com as roupas e as armas de Jorge, porque ninguém há de copiar esses textos e ilustrações sem dar o devido crédito.