Have yourself a merry little christmas!


Véspera de Natal... Como esquecer as manhãs na casa da minha avó, na preparação do Natal? De arrumar a árvore, ver o meu avô calculando o volume de todos os presentes para então encontrar a área correta de papel de presente para evitar o desperdício (sério), pedir para a minha tia fazer touca no meu cabelo (sério também. Para você que é da geração chapinha, touca era prender o cabelo com grampos e colocar num tipo de chapéu de meia, e rezar para alisar), contrabandear as notas fiscais com minha priminha para vermos o que íamos ganhar dos nossos avós, de ver o Titio fantasiado de Papai Noel, de brincar, de detestar peru (hoje em dia, por outro lado...), de trocar presentes, de ganhar presentes, de acordar no dia seguinte 5 horas da manhã só para poder brincar!

O tempo passa tão rápido :\
Aproveitem a noite de hoje, se empanturre de peru, ponha o papo em dia com seus primos, ame os seus tios, agradeça aos seus pais e celebre a existência dos seus avós na sua vida. Principalmente as suas vovós! É isso :)

Feliz Natal :D

365 dias de Fofura!

2011 se aproxima cada vez mais, e nesta época do ano a gente começa a pensar no que fez ou deixou de fazer. Eu sou profissional em me propor metas mirabolantes, das quais eu cumpro 1/8. E também começa aquele momento de reflexão, de lembrar do ano que passou (voando como sempre. Aliás, ontem era o reveillón de 2008-2009)... Os empregos, a faculdade, os amigos, os amores. Nem sempre tudo sai como a gente quer... Mas sempre temos que olhar pro ano que vem com otimismo!

E quer ajuda melhor do que ter um armário cheio de fofuras da Alice Disse? É praticamente O Segredo aplicado: seja linda usando Alice Disse que coisas lindas acontecerão com você! HAHAHA! Não, mas sério: não é só mais um sorteio de Natal (que, aliás, estão pipocando esse ano. Adoro!), tudo de lá é lindo, bem feito e mimosamente criado para nós. Eu, infelizmente, não tenho nenhum produto... Mas de tanto olhar babando, não tem por onde correr.

E como 2011 tá aí dobrando a esquina, e como eu sou muito otimista e espero do fundo do meu coração ganhar 365 dias de Alice Disse, que tal um post de como será o ano que vem? Vamos lá:



Curtir as férias de Janeiro, indo para a praia e aproveitando o sol.











Em fevereiro, comemorar o meu aniversário, com direito a confeito e doçuras dos pés à cabeça!










Em Março, visitar mais uma vez Buenos Aires e comprar mimos para o ano todo.












Abril começa logo após a comemoração de 5 anos de namoro, uma data cheia de amor.

Sapatilha Velvet Rosé









No mês de Maio, ser levada para a loucura da minha faculdade, cuidando de mim mesma para me manter sã.


Sapatilha Cupcake Verde e Mochila Elefantes Cinza













Em Junho, assistir ao último filme do Harry Potter! Mal posso esperar :~
Sapatilha Florezinhas











Em Julho, tirar o melhor proveito do que o ócio tem a oferecer.











Em Agosto, desejar mais uma vez estar de férias...









Setembro se aproximará (sem a minha coruja de Hogwarts, infelizmente) e, com ele, a minha vontade de ilustrar.









Outubro é uma data esperada, para curtir os shows e festivais da cidade (e fora dela) com muito pique!










Novembro será a correria de sempre, e o mundo terá uma designer de moda!
Sapatilha Melindrosa Rubi













E em Dezembro 2011 chegará ao seu fim, e nós esperaremos um 2012 de muito Pudding! Hahaha!


Uma das minhas metas este ano era, justamente, voltar a postar no blog com frequencia. Ok, o conceito de frequencia é muito maleável, mas considero essa uma das minhas metas cumpridas! Então é justo prometer que ano que vem, o Pudding continuará aqui :)

E vocês, que ainda não fizeram as suas metas, não custa nada se jogar do sorteio/concurso/promoção/alegria da Alice Disse e também concorrer a 365 dias (futuros) de fofura!

Criando Moda - Parte Final

Ou um post com várias fotos.
Dia 02/12 (que, num momento de loucura extrema, eu acabei inventando 300 datas diferentes ao longo de dois posts) aconteceu o I Fashion Art Preview. Eu já estava exausta e pedindo penico do meu semestre, porque em toda a minha vida acadêmica fiz 8 cadeiras por semestre e sempre levei numa boa, com meu IRA nas alturas. Mas, neste último, fiz 5 e quase morri. Sério.

Bom, o dia do desfile! Cheguei lá 13h, e eu e as minhas amigas que estávamos organizando começamos a arrumar tudo = trabalho braçal. Levar todas as cadeiras, arrumar o backstage, ajeitar o tapete, distribuir tudo, mudar mesas de lugar, carregar coisas. Enfim. Foi um dia corrido, bizarro, cheio e estressante. A todo segundo eu ia na sala da maquiagem/do cabelo verificar se as minhas modelos tinham sido maquiadas... E elas não tinham. No fim das contas, tive que vesti-las as pressas porque o desfile da outra cadeira (foram 2 desfiles) já tinha começado :O

Pra você ver o estress. MAS enfim, ACABOU!
Vamos às fotos:

Na prova de roupa, tudo ainda sem botões e sem tules. Provei a Glenda aqui em casa (e com sorte a jaqueta coube perfeitamente nela, que é tão pequenininha), e fui com a Carla na faculdade provar o vestido. Que, também, coube como uma luva! Por sorte... Não tinha nem estrutura emocional para fazer ajustes complicados!





No backstage, assim que eu acabei de vesti-las (em cima da hora)...


As duas se divertindo enquanto eu pirava e o meu coração queria sair pela minha boca... Nunca senti tanto nervosismo, e nunca fiquei tão ansiosa na minha vida. E eu nem estava olhando quando elas entraram na passarela.


No grande momento!
Todos os criadores entraram depois, e andar pela passarela batendo palmas e sendo aplaudida foi uma sensação indescritível. Passei 3 anos na faculdade para vivenciar esse momento, ter esse frio na barriga, e ver a sua criação ser apreciada por outros é muito bom. Afinal, ficamos na nossa faculdade gastando rios de dinheiro em gráficas e... Ninguém nunca vê o resultado. De fato, foi um crescimento profissional gigantesco, e eu começo a me perguntar se não quero ser estilista mesmo, hahaha.

Mas acho que não.
Só o tempo dirá! :D

E é isso! Espero que vocês tenham gostado de descobrir o que a gente faz dia e noite naquela faculdade absurda. É um trabalho exaustivo (e o pior, a gente nem vê o desfile! Só por foto!), mas muito compensador.

E, por fim, uma lontrinha para alegrar as minhas férias:


Fashion Art Preview


(ou Criando Moda - Parte II.I)

Acontecerá no dia 02/12, às 19h o I Fashion Art Preview. Uma noite em que será mostrado o talento dos alunos de Design de Moda da UFC, em looks conceituais e vanguardistas. Um evento organizado com muito sangue, suor e sacrifício, e que será maravilhoso com certeza! Eu prometo.

Dois looks meus irão desfilar, além de criações maravilhosas de amigos. Quem morar em Fortaleza está mais do que convidado para ir, nos prestigiar. E quem chegar lá e me disser "Oi Pudding, sou leitora do seu blog!" primeiro leva um brinde!

Mentira, não leva nada além do meu agradecimento.
Então, bom! Nos encontramos lá?

I Fashion Art Preview, 2 de Dezembro, às 19h, no MAUC (Museu da UFC, próximo à faculdade de Arquitetura, no Benfica).

OBS: Abaixo a continuação da saga "Criando Moda".

Criando Moda - Parte II

Nesta loucura excepcional que está o fim de semestre, eu estava louca para vir aqui postar... Como eu tinha comentado na Parte I, os alunos do curso de Estilismo e Moda estão promovendo um desfile, que vai acontecer essa quinta-feira.

Eu estou participando como criadora (dois looks meus irão desfilar), e também ajudando a produzir o desfile, na cadeira de Produção de Moda. Começamos a organizar o evento praticamente há duas semanas, e está todo mundo doido correndo para que dê certo. Mas para que minhas roupas pudessem estar prontas, vários obstáculos aconteceram...

1. A Costureira

Foi um fim do mundo achar uma costureira. Saí pegando o telefone de vááárias costureiras que o pessoal da faculdade conhecia, mas não sei bem o porquê, tô pra conhecer uma costureira que GOSTE de trabalhar. Liguei pra várias e ouvi variações da mesma resposta: "Olha... não dá tempo, não..." "Eu estou com muita dor nas costas e não vou poder..." "Pra que dia? Ah... Não... Não dá certo..." tudo isso com voz de preguiça/má vontade.

Até que meu amigo, meu querido, minha grande aquisição dessa Bolsa, Davi Sombra me indicou a Dona Fátima. Liguei, ela chorou um pouquinho - "ahh... mas não sei... é pra que dia mesmo? Não sei se vai dar..." - e consegui ir lá conversar com ela.

Tudo bem, apesar de ter um rosto amigável e expressão meio confusa, ela me pareceu confiante. E do jeito que eu estava, qualquer pessoa que tivesse máquina de costura e tivesse disposta a fazer os looks, eu tava no lucro.

Precisei ficar ligando para a D. Fátima milhares de vezes, e toda vida ela arrumava alguma desculpinha (essas costureiras...). Resultado: ela foi deixar para fazer a peça dois dias depois do prazo que eu tinha dado, quando teve mais de duas semanas para fazer. A D. Fátima é uma costureira cheia de experiência, e tipo, eu sabia que se ela sentasse por um dia ela terminava. Então fui lá fazer pressão.
Cheguei lá e ela me olha com cara de: quem é você?
- Sou eu, a Gabriela, das peças.
- Hm?
- Do desfile da faculdade.
- AAHH, Cláudia! Lembro de você! Sente aí, Raquel.

Não sei qual o problema de memória recente, mas o fato é que em três horas e u fui chamada de TODOS OS NOMES que existem. Enfim. Contanto que minhas peças estivessem prontas para a prova, ela podia me chamar do que quisesse.

2. As Modelos

A faculdade arranjou uma parceria com uma agência de modelos de Fortaleza. Não vou me estender no motivo, mas tornou-se necessário conseguir modelos convidadas.

Tive que fazer uma chantagem emocional para minha prima desfilar para mim, enquanto uma amiga dela aceitou numa boa e foi super fofa e simpática o tempo todo durante a prova (Carla, se você estiver lendo isso, obrigada!). E Glenda, obrigada também por ir!

3. O Outro Trabalho

Então tudo bem, quando tudo estava indo de vento em popa, eu lembrei que tinha que fazer OUTRO TRABALHO da mesma cadeira. Porque não basta passar um trabalho gigantesco e colocar nas nossas mãos a organização do desfile, a prof. tinha que passar MAIS COISAS. (Marta, se você estiver lendo isso, sem ressentimentos, eu ainda adoro você). Inclusive fichas técnicas.

Vocês não devem saber, mas as fichas técnicas são enviadas do demo, as PIORES COISAS DO MUNDO do design de moda. Elas e cadeiras chamadas como "Tecnologia da Confecção".

Então lá fui eu, com a cabeça cheia de coisa, transpor a coleção Conceitual para uma coleção Comercial. Cada croqui feito era um parto, mas deu tudo certo, deu tudo certo. E ah, Irena, se você estiver lendo isso, obrigada pela sua ilustração! Foi um detalhe que fez toda a diferença. Depois eu mostro como ficou.

4. O Tule

Eu estava super alegre achando que estava com tudo sob controle, quando lembrei que o que a D. Fátima tinha feito era só a BASE dos meus looks. Ainda faltava colocar quilos e mais quilos de tule em tudo. Sorte que eu nasci de uma mãe que sabe costurar (mãe, se você estiver lendo isso, eu te amo), então ela num instante fez o que eu levaria 3 meses para fazer.

E o Tatau (Tatau, se você estiver lendo isso... Deixa de ser ridículo! Pára de dormir com a lingua de fora!) ainda se esfregou no tule todo, mordeu um pedaço, passeou por aí com uma fantasia. Ou seja: meus looks foram abençoados pelo Amor Canino.

5. Os Acessórios

Então, num belo dia de sol, minhas amigas começam a conversar sobre os acessórios que elas iam usar no desfile. Então eu chego em casa e digo: "mãe! Ninguém pensou nos acessórios!" e ela diz, com a maior calma do mundo: "Bom, eu tinha pensado, só não tinha falado para você".

As pessoas tem habilidades. Tem quem consiga tocar violão, tem quem consiga cozinhar, tem quem consiga montar peças de bijuteria. Eu tinha uma noção nítida do que eu queria (um maxi-colar de tecido com pedrarias), fui lá, comprei as pedras e... Ficou ridículo.

Mas tudo bem, porque acabou que deu certo como uma Head-band super legal. Acidental, mas super legal. Eu tinha tirado fotos pra fazer um DIY, mas... Enfim.

6. Lembrar de tudo isso no dia do Desfile

É isso aí pessoal. O dia se aproxima, e a minha lista de coisas para levar começa a se descontrolar. Estou num período de quase-morte-surto até o dia 3/12, com trabalhos para apresentar, vou chegar lá na Arquitetura 13h da tarde, vai ser horrível/ótimo, etc.

E você, que leu isso até o fim, obrigada!
E você, que além de ter lido isso até o fim, se morar em Fortaleza, por favor, vá ver o fruto desse trabalho!

Dia 02/12, às 19h, no Museu da UFC (Benfica - perto da Arquitetura).
Entrada Franca e Coquetel!

Drogas pra quê, né?

Eu sonho em cores.
E por isso, não quero dizer que as outras pessoas sonham em preto e branco. Sonho em determinados tons: já sonhei numa praia onde tudo tudo era tons de laranja e turquesa, bem quente e Farm. E também que tudo estava azul. Já tive sonhos cinza, sonhos sépia.

Vivo sonhando também que a protagonista do sonho não sou eu, e sim alguma personagem que minha mente inventou durante a noite. Vivo thrillers, perseguições, faço planos para salvar a minha própria vida... Um dia desses combati uma Sociedade Secreta da qual minha família fazia parte à gerações, cujo líder era um professor maluco com um monóculo e bigode, carregava um cetro/bengala com um enorme rubi na ponta e havia criado um monstro aranha-de-agulhas. E o sonho se passava no século XIX.

Outro dia, sonhei que o Rivers Cuomo havia se tornado o 5º Beatle e eu ia visitá-los. Eles dançavam pra mim (OS BEATLES) como se fossem os Backstreet Boys, mas de repente todos eram feitos de papelão (?), menos o Rivers. Inclusive, ele estava fazendo um pacto de silêncio o tempo todo e só dublava (?); tudo bem, porque assim que nos encontramos, nos casamos e ele voltou a falar. E esquecemos os outros Beatles-papelão, menos o George Harrison, que me serviu chá e conversou horas comigo. (?)

Por isso, sempre que alguém me fala "nossa, sonhei que meus dentes caiam!", eu sorrio por dentro. Ah, se eles imaginassem o que os meus dentes são capazes de fazer nos meus sonhos...

Aleatoriedades, parte mil

Sinto que cada vez mais meus posts serão aleatórios. Minha mente funciona de uma forma muito aleatória, primordialmente, então é isso aí. Essa é a minha vida, esse é o meu blog. Como eu tinha dito anteriormente, estou muito atarefada com as coisas da faculdade. Já estou terminando o meu 7º semestre na faculdade de Moda, e tenho uma série de trabalhos (uns chatos, outros só trabalhosos mesmo) pra me preocupar... Quero férias! Urgente!

Esses dias eu recebi a câmera polaroid que eu ganhei num sorteio da Cakies (wo-hoooo!)! Passei uma noite babando em cima dela, e tive que procurar no youtube um vídeo que ensinasse a colocar o filme (hahaha). Então tirei minha primeira foto!



(Mas preciso poupar, porque o filme só vem com 10 fotos, e uma caixinha de filme nova custa uns 100 reais no Mercado Livre)

Tirei, é claro, do meu Tatau.
E estou pensando em como irei distribuir as 9 fotos restantes... Hm...

Estou delirando com esse feriadão há dias, porque no feriado passado eu tinha coisas a fazer. Tudo bem que sábado tem aula, e domingo tem - argh - eleição. Nunca expus a minha opinião sobre esse assunto aqui, mas concordo cegamente que as eleições não deveriam ser obrigatórias. Assim, só quem votaria seriam as pessoas que realmente se importam, como a Luiza já disse. Isso nos pouparia de andar por Fortaleza e ver pessoas que você sabe que não tem nada na cabeça, andando por aí com adesivos de #serranaomamae #dilmanaopapai. Enfim. Eu não tenho maturidade o suficiente para escolher o novo presidente do Brasil, e por isso não fico por aí repetindo toda bobagem que recebo por emails. E nem você deveria.

Massss, voltando ao FERIADÃO! Vou para a minha casa de praia na Barra-Nova (onde?) e vai ser uma chance ótima de fazer aquela programação que eu tanto prezo: comer, dormir e amar. E ler também, estou lendo 300 coisas simultaneamente, e acabo que não estou com saco mais para nada.

No momento, estou lendo:


A biografia do John Lennon eu li até a página 374 (menos da metade do livro, por sinal) num instante, mas agora a história está se arrastando. Vou dar um tempo pra continuar a ler depois, cansay. Também comecei a ler Emma, da Jane Austen, mas estava lendo tão cansada que não notei que tinha mais de duas pessoas naqueles diálogos infinitos do começo... Preciso dar um tempo, também. Comecei a ler Quando as Bruxas Viajam, e de fato é hilário, mas também... li o primeiro capítulo e encostei (sinto que esse será o escolhido do feriado).

E também estou (re)lendo meus mangás do Karekano :~
Se tem uma coisa que me deixa feliz é esse mangá, fotos de cachorro e fotos de lontras e seus filhotes. Petit gateau também me deixa feliz, mas infelizmente nunca mais nos encontramos.


E é isso.
Aleatóriedades!
Se você gosta de mangá de mulherzinha e nunca leu Karekano, alô, o que você está pensando? Mas enfim, sinto que é melhor terminar o post enquanto há tempo, enquanto alguém ainda está lendo. Em breve, eu juro, vou conseguir editar o vídeo! E também terão outros posts e novidades.

É sério!
Beijo, e para finalizar, a carinha :D
:D

(outra coisa completamente nada a ver: gente, assisti ontem na televisão o filme de 1994 do Street Fighter. oqueéaquelefilme? aliás, esses dias passei por uma enxurrada de filmes ruins, como os Irmãos Id & Ota - sério - e o Monstro de Pedra. enfim. É por isso que eu não assisto mais tanta tv)

Criando Moda - Parte I

Eu sempre tive vontade de fazer um post como esse aqui, mas por falta de timing nunca deu certo. Como a maioria de vocês sabe, eu estou me formando em Estilismo e Moda na UFC, e praticamente todo semestre nós temos que exercitar a nossa criatividade criando coleções. A grande maioria comercial (ou seja: prontas para o uso!), e praticamente 100% não saem do papel. Esse semestre, entretanto, por iniciativa de uma professora formidável, a Marta Sorélia, nós vamos promover um desfile. Cada aluno vai confeccionar dois looks inteiros de uma coleção Conceitual!

O primeiro desafio foi, justamente, a tal da coleção ser conceitual. Eu morro de dificuldade de fazer isso, porque ponho os meus gostos em primeiro lugar sempre (isso eu usaria, isso eu acho brega, credo, essas coisas). Dessa vez era necessário abstrair... E por isso eu queria um tema que já fosse abstrato por si só. Busquei inspiração então no universo da literatura fantástica, que é o meu gênero de literatura favorito, no qual a inspiração viesse pura e sem as formas predestinadas. Se eu fosse fazer uma coleção hippie, teria a maior dificuldade para fugir da proposta das roupas hippies; então nada mais certo para mim que fazer baseado em algo que se formasse somente na minha imaginação ou nos meus sonhos.

O tema escolhido então foi, a minha segunda série favorita, As Fronteiras do Universo. (a primeira, obviamente, é Harry Potter). Mas a verdade verdadeira é que me foquei somente na Bússola de Ouro, mas As Fronteiras do Universo é um nome muito mais ryco.



O processo criativo começou com a elaboração de um painel de inspirações, e com a acumulação de imagens que me lembrassem do tema, ou que me inspirassem. Todo mundo sabe o pressuposto que no mundo, nada se cria, tudo se copia; então o mais natural para exercitar o cérebro e a criatividade é ver o que está sendo feito para então ter mais liberdade de criar.


Fashionary - O Moleskine dos Estilistas

A partir daí, comecei a fazer os chamados rafis, que são rabiscos feitos em segundos só pra tentar passar uma idéia. Esses esboços vão evoluindo, evoluindo, até chegar em algo que valha a pena ser transformado em croqui (que são os desenhos de moda propriamente ditos). Eram 12 looks, que eu dividi em 4 famílias (que só quem viu o filme/leu o livro vai entender): a primeira representando a viagem ao Norte, a segunda mostrando os Ursos de Armadura, a terceira mostrando pessoas que transitam entre os mundos e a última (só para encher linguiça, porque eu não aguentava mais criar) representando as Bruxas.

Eu desenho tudo muito rapidamente com um lápis super claro (2H), sem me apegar aos possíveis erros. A borracha sempre será uma inimiga nos momentos em que você precisa ser rápido, e somente passar uma idéia. Então depois eu vou com uma lapiseira com o grafite escuro (eu uso uma lapiseira 0.5, grafite 2B) e faço alguns detalhes. Como já tenho muita confiança no meu traço, não perco o meu tempo fazendo alguns traçados com a lapiseira, e cubro direto com a unipin (a minha favorita é a 0.05 que eu quebrei a ponta, e que agora responde à pressão). Essa minha habilidade foi treinada durante anos com a abolição da borracha: meu traço é mais confiante, depois de tanto treino. Eu só uso a lapiseira para desenhar, por exemplo, mãos, sapatos, essas coisas.



Desenho finalizado, e então scaneado. Não vou demorar dizendo que o meu SCANER ME ODEIA, e faz com que algumas imagens minhas saiam ou preto com turquesa ou na diagonal. Eu perco o meu tempo tirando o turquesa das imagens, e limpando brevemente, então coloro tudo no photoshop.

(Eu fiz um vídeo tanto desenhando como mostrando como eu faço a coloração das imagens no photoshop. Se alguém achar interessante ver como é, posto depois como Criando Moda - Parte I.II)

Os looks prontos, é só criar a ambientação do trabalho, fazendo uma montagem. Eu não tinha gostado muito desse fundo que fiz, porque sinceramente o fiz em uns 2 minutos, mas acabei me afeiçoando a ele. O seu esforço sempre é recompensado com um trabalho bonito, e mesmo que você não tire 10, você fica satisfeito por ter feito um trabalho legal.



Nesse, eu tentei me esforçar ao máximo para sair do meu lugar comum e tentar algo novo: sempre faço fundos brancos e com detalhes no canto da folha (tipo esse layout), minhas roupas sempre são meigas e doces, essas coisas. Porque a faculdade serve justamente para você melhorar as suas habilidades, se desafiar a melhorar cada vez mais a cada semestre. Para finalizar o portfolio, o imprimi em papel Aspen (que é perolado), num tamanho um pouco menor que 1/3 de uma folha A3. Para a capa, comprei um papel cheio de GLYTTER preto, que super simboliza o universo.

Trabalho feito, impresso, apresentado e entregue. Agora vamos para a parte II: mandar confeccionar dois looks. :D



Escolhi dois desses 3 acima, que são da família dos Viajantes do Universo. Quais são? Como eles ficarão ao vivo? Essas e outras perguntas serão respondidas na redação a seguir #interna na Parte II dessa jornada.

25 anos. Mora no Rio de Janeiro, é carioca de alma, mas cearense de coração. É designer e está tentando se encontrar nesse mundo. Sou casada com meu melhor amigo, o Marcelo Bernardo, e mãe da Dindi the Boston.

Gosto de ler, de dormir de rede, de inspirações repentinas e de petit gateau. Mas o mundo seria muito melhor sem aliche gente que fura fila. Ah, e de vez em quando eu desenho.

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