Ah, o amor, o amor...

"Vem,
Morena vem ouvir essa cantiga
Sair por essa vida aventureira
Tanta toada trago na viola
Pra ver você mais feliz"


Pai: Lembra quando nós dançamos essa música numa varandinha? Tava chovendo tanto. Amor de jovem é muito bonito, né?
Eu: Eita, isso aí foi do tempo do Neneco-Astral*
Pai: A gente volta da praia melado, e dança numa varanda do tamanho dessa mesa. Tava até de biquíni preto..
Mãe: Biquíni preto? EU?
Pai: Não, eu.
(pausa)
Pai: O tempo é uma merda. Hoje em dia, esse tal de Zé Renato é um papudinho gordo, assim, goooordo, parece uma morsa.
Mãe: Não lembra, nem de longe, alguém que eu conheço.

Um pouco mais tarde, na hora de ir embora:
Mãe: Quer que eu dirija, amor?
Pai: NÃO!
Mãe: Quer um beijinho, meu amor?
Pai: Vá para o inferno.




Aahh, o amor, o amor, o amor. Uma coisa tão duradoura, tão linda de se ver!

*Neneco-Astral é o apelido que meu pai se auto-nominava quando tinha seus 25 anos, por aí, uns 50 quilos a menos e cabelo.

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25 anos. Mora no Rio de Janeiro, é carioca de alma, mas cearense de coração. É designer e está tentando se encontrar nesse mundo. Sou casada com meu melhor amigo, o Marcelo Bernardo, e mãe da Dindi the Boston.

Gosto de ler, de dormir de rede, de inspirações repentinas e de petit gateau. Mas o mundo seria muito melhor sem aliche gente que fura fila. Ah, e de vez em quando eu desenho.

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Esse blog está vestido com as roupas e as armas de Jorge, porque ninguém há de copiar esses textos e ilustrações sem dar o devido crédito.