Pudding Desconexo

Quando tinha 16 anos e passei no vestibular para moda, acabei indo fazer um semestre de jornalismo. Como toda adolescente que adorava escrever, era a opção até natural - mas acabou que a única coisa que aproveitei desse um semestre sofrido na faculdade particular foram as aulas de Design Gráfico, que me ajudaram (e ajudam até hoje) nos anos seguintes. Estava terminantemente decidida por moda, pelo design... E mal sabia eu que ia amar fazer meu TCC, anos depois, e poder entrevistar as pessoas, e passar dias escrevendo sobre isso, me sentir no fechamento de uma edição regadas a café, e tal. Ah, as voltas que a vida dá. Eis que um dia, na querida Máfia, surge a oportunidade de entrevistar uma amiga mafiosa. Acabou que a vida (de novo ela) me enrolou e quase não consigo pensar em perguntas que fizessem jus à tudo que eu poderia querer saber sobre a minha entrevistada, colocando meu lado jornalístico adormecido chorando no cantinho, mas enfim, vamos a ela:


A Alessandra Castilho de Souza Rocha, ou Ale, que comanda o Desconexa Sensação, tem esses olhos incrivelmente verdes e só 19 anos (e 5 meses, 2 semanas, e 4 dias... Ok, quase vinte). Nasceu e foi criada na Paulicéia Desvairada, conhecida como terra da garoa, popularmente apelidada de São Paulo. A Ale divide o tempo dela entre fingir que estuda Design Gráfico e trabalhar numa livraria, e no tempo que sobra come, dorme, assiste tv, lê e come mais um pouco.

BEAUTÉ
A Ale tem os cabelos curtos, cacheadíssimos, mas desde que estamos na máfia esse cabelo já foi enorme, liso, repicado. Ela diz que nunca sai do cabeleireiro duas vezes com o mesmo corte. Como toda entusiasta da beleza, que tenho pastas e mais pastas de inspiração capilar guardadas, me perguntei qual a próxima inovação capilar: "Quero escurecer os fios mais um pouco, e quem sabe deixar ele crescer mais um pouco pra fazer aquelas mechas arco-íris, tipo a da Katy Perry no clipe de Firework. Quem sabe?"

E no resto do corpo, mudaria alguma coisa? Como toda mulher, a Ale se diz mestra em achar defeito em si mesma - "Não gosto das minhas pernas e pés, e não me importaria em ser alguns centímetros mais alta, mas acho que se não fosse assim eu não seria eu"

PROFISSÃO
O drama que envolve a escolha da profissão a acompanha desde o colegial. "Durante toda a vida acadêmica enfiaram na nossa cabeça que escolher um profissão é uma coisa importante porque é o que vamos fazer pro resto das nossas vidas. Mas depois do colegial a gente tem a certeza de que nada é para sempre e que eu posso muito bem ter várias ocupações que se complementam". Depois de terminar a graduação tecnóloga em Design Gráfico, já tem em mente mais duas que gostaria de cursar. Não apenas para seguir carreira, mas pelo simples desejo de se aprofundar mais sobre outras áreas. "Mesmo que eu não vá trabalhar na área acho que estou aprendendo coisas extremamente pertinentes que vão me ajudar algum dia." Com toda a calma do mundo, já que graduações levam tempo, ela se diz feliz com suas escolhas, já que tudo que fez no que concerne profissões possibilitaram o encontro com pessoas maravilhosas da área, que têm muito o que ensinar. "Sou extremamente grata por isso."

INTERCÂMBIO
Até a metade de 2012, a Ale passou uma temporada em Dublin, na Irlanda. Quando questionada o que vinha em sua mente quando pensava nesse tempo, vieram as lembranças das festas, dos amigos. De passar momentos de reflexão pessoal sentada no parque, ou andando às margens do rio Liffey. "Acho que tudo isso pode ser resumido nas coisas que aprendi lá".

Liffey River

E na saudade que você só passa a conhecer quando mora fora, ela destaca:
"Lugares que já estive, pessoas (mesmo as que estão quase sempre por perto) e não posso deixar de citar o grande Renato Russo ao dizer que com certeza sinto falta de tudo o que eu ainda não vi, principalmente as quais infelizmente eu não tenho mais como ver."

FUTURO
Em 10 anos planeja estar escolhendo o apartamento dos sonhos, num trabalho que a realize - de preferência, um trabalho descolado que evite a rotina -, saindo para happy hour com amigos e colegas de trabalho para comemorar, sempre, suas conquistas. Alguém duvida que ela vai conseguir tudo isso?

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Esse foi o Pudding brincando de revista feminina com a linda da Ale. Fui entrevistada pela Rafinha, e você pode ler as minhas respostas tolas aqui.
  1. Adorei a estrutura da entrevista!
    Beijos para as duas!

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  2. Couth, você arrasou! Foi a que estruturou melhor a brincadeira e transformou num perfil. Levaria jeito como jornalista, mas acho digníssimo você na moda e acho que você está exatamente onde deveria estar!
    E a Alê tá muito linda nessas fotos, hahaha.
    Beijo!

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  3. A-MEI a estrutura do seu texto! Tornou tudo ainda mais legal! E a Ale é expert em multiplicidade, a gente percebe isso vendo a agilidade com que ela fala!
    Abraços!!!

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  4. OMG OMG OMG OMG
    Estou me sentindo A celebridade e estou fan-girling loucamente. Couth sua linda ♥
    amei ser sua entrevistada! Amei amei amei! ♥
    beijo

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  5. Couth, você devia ter seguido a carreira jornalística! Adorei demais a estrutura do seu post, e achei que a vida da Alê super se encaixou nessa perspectiva de perfil de uma garota fodona, sabe? Amei!
    beijos

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  6. Vocês que amaram a estrutura desse post: TAMO JUNTO!!! Amo/sou Alessandra e Couth! <3

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  7. Couth, que post riqueza!! E a Ale também, é linda com esses olhos incríveis e também por causa da alma, é amiga...adorei a entrevista. :)

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  8. AMEEEEEEI O JEITO DA ENTREVISTA! Levaria, realmente, a profissão de jornalista numa boa! Parabéns, Couth!
    Amo vocês, muito!

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  9. Ela parece tão legal que vou lá ler o blog dela.

    E a redação ficou bem legal. Gosto de ler entrevistas assim :)

    E que bom que você voltou a blogar sempre! Já tava sentindo falta :(

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25 anos. Mora no Rio de Janeiro, é carioca de alma, mas cearense de coração. É designer e está tentando se encontrar nesse mundo. Sou casada com meu melhor amigo, o Marcelo Bernardo, e mãe da Dindi the Boston.

Gosto de ler, de dormir de rede, de inspirações repentinas e de petit gateau. Mas o mundo seria muito melhor sem aliche gente que fura fila. Ah, e de vez em quando eu desenho.

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