DFB 2013: Lino Villaventura


Vamos falar de moda?

Mas não vamos falar só sobre o vestir, sobre o desejo, sobre o ter. Sobre aquelas peças de roupa da Zara que a gente tanto ama, ou sobre essa indústria gigante que movimenta milhões e que me mantém, graças a Deus, muito bem empregada. Porque uma coisa é uma confecção, é o dia a dia de receber fornecedor, de desenhar, de pensar em vender. A outra é a moda arte.

Quando estamos na faculdade, temos uma visão tão idealizada da profissão do estilista enquanto Criador. Parece que tudo é mágica: ele senta, suspira, e pronto, nasceu uma arte que pode ser vestida. E, entrando no amargo mercado de trabalho, a visão muda completamente, e passa a ser aquela pessoa que trabalha muito (muito mesmo), e que tem que medir até o preço de um colchete para fazer um produto - um produto muito, muito, diferente do que a gente imagina que vai fazer enquanto estudante.

É aí que entra os desfiles. A mágica, a fascinação de ver tudo aquilo: meses de trabalho resumidos em minutos, envoltos numa música especial, quase mística, e lá vem as modelos, e lá vem as roupas. E esse tipo de espetáculo o Lino Villaventura faz muito bem, ah, se faz.

Meus detalhes favoritos

Numa coleção que celebra o seu estilo, vimos a inauguração do Dragão Fashion Brasil 2013 desfilar diante dos nossos olhos, tudo ricamente bordado e drapeado. Nessas horas, a gente esquece da pilha de trabalho que nos aguarda, esquece das pilotagens, esquece do preço - apenas admira, e suspira, e se vê imerso ao redor daquele mundo que o estilista propõe. E flutua ao seu redor, e acredita, e é inebriado, e jura de pés juntos que é aquilo que você quer respirar! Isso é moda. E quando ela te faz sentir assim, você vê que tudo vale a pena.



É tudo tão incrível que sequer parece pertencer ao nosso mundo, e sim, digno de rainhas. E olha, posso estar sendo influenciada pela nova temporada, mas aquelas roupas merecem desfilar em Westeros. A Rainha Cersei aprovaria.

E não dá nem vontade de usar, não. Tenho é medo de sequer tocar numa peça dessas.
Quero só ficar admirando mesmo.

Fotos: Reprodução
  1. Finalmente tive coragem...
    Faz algum tempo que leio o blog.
    Curto, compartilho, reblogo, repino, as coisas que você posta. Seu blog é lindo e acredito já ter lido todo.
    Admiro realmente você.
    Queria dizer mais, passei um bom tempo pensando, mas agora esqueci.
    Parabéns!
    Joy. (:

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  2. Na verdade acho que eu até usaria esse vestido verde esmeralda. Olha a moda me fazendo gostar de verde (na verdade o único tom que eu gosto é o esmeralda).

    Gosto muito dessa parte da moda - da moda como arte. Acho absolutamente fascinante. Sempre quis ver um desfile legal assim.

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25 anos. Mora no Rio de Janeiro, é carioca de alma, mas cearense de coração. É designer e está tentando se encontrar nesse mundo. Sou casada com meu melhor amigo, o Marcelo Bernardo, e mãe da Dindi the Boston.

Gosto de ler, de dormir de rede, de inspirações repentinas e de petit gateau. Mas o mundo seria muito melhor sem aliche gente que fura fila. Ah, e de vez em quando eu desenho.

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Esse blog está vestido com as roupas e as armas de Jorge, porque ninguém há de copiar esses textos e ilustrações sem dar o devido crédito.